sábado, 30 de abril de 2011

Ata da Reunião do Dia 28 de Abril

     A reunião mostrou/ensinou como se comunicar nas listas do CFE (Circuito Fora-do-eixo) e qual a importância desta interação, também foi mostrado onde encontrar mais informações sobre o CFE.

     A reunião seguiu a mesma seqüência da ata, sendo assim os próximos assuntos abordados: 1.Lançamento do MANU (Movimentação Artística de Natureza Urbana)/ 2.Balido/ 3.Fórum Mineiro de Musica/ 4.Núcleos do coletivo.


1. Foi definido qual o seu formato e começamos a pensar sua linguagem. Também ficou defino que qualquer atividade que não seja exclusivamente voltado para musica (banda) será enquadrado no MANU. Também ficou definido o lançamento do MANU para dia 28 de maio, no clube Industrial, com programação que inclui Noite do Vinil, Poética Pé-de-cabra.

2. Balido foi conversado como o CFE intervém no festival. Também começamos a pensar local a se fazer, criação de identidade visual do evento, a necessidade da criação de uma tabela de serviços exclusivamente para o projeto e foi apresentado o critério de seleção artística.

3. Foi falado da necessidades que temos para desenvolver o projeto.

4. Assunto pouco abordado, mas foi falado por alto sobre os encontros do núcleo de produção (no caso Xyku e Rodrigo), da necessidade do núcleo de comunicação, o Tiago (Ogait) entrou para o núcleo de poética com o Diogo (Duke) e foi falado com o Otavio (núcleo de artes visuais e plásticas) sobre o dialogo com Esdras, parceiro do coletivo na área.

Também foi mostrado uma espécie de pilar de produção: Sustentabilidade – Produção – Comunicação - Demais áreas.

Ficou acordado da próxima reunião na quinta-feira dia 12 de maio, local e horário a definir.



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sexta-feira, 29 de abril de 2011

”É triste, estão desmontando a Cultura”




por Jotabê Medeiros para O Estado de S.Paulo

Após 25 anos na emissora, regente soube na terça que não ia continuar.

Júlio Medaglia, de 73 anos, foi surpreendido nesta terça-feira. Após 25 anos na TV Cultura, teve o contrato rescindido. O maestro apresentava o Prelúdio (programa de calouros de música erudita), e mantinha na Rádio Cultura o programa diário Temas e Variações, às 11 horas.

O último programa foi ao ar na própria terça, sobre o compositor Bernard Hermann. Ex-aluno de Pierre Boulez, Stockhausen e John Barbirolli, Medaglia foi fundador da Amazônia Filarmônica e dirigiu a Orquestra da Rádio de Baden-Baden e a Rádio Roquete Pinto.

O que lhe disseram ao demiti-lo?

Quem me chamou foi o João Sayad (presidente da TV Cultura). Disse muito obrigado, que fui importante, mas que ia colocar jovens para fazer o programa de rádio e a cobertura dos projetos de ópera e ia comprar um enlatado americano para a TV. Curioso porque, quando assumi, ele me chamou e ficamos quase duas horas conversando. Ele me perguntava coisas e tomava notas em um caderninho. Mas, ao me demitir, não demorou nem um minuto e meio. Tinha 24 anos de programa e fui demitido em um minuto e meio. Ele resolveu seguir as opiniões de outras pessoas. Sei quem é a pessoa que conduz esse desmonte, mas não vou dizer porque não tenho como provar.

O sr. era caro para a emissora?

No começo, eu era funcionário. Fui demitido em 2005 e transformado em PJ (Pessoa Jurídica). A direção achou que eu não podia ser personalidade física e jurídica ao mesmo tempo. Passei a ganhar R$ 4 mil, mas sem direitos trabalhistas, sem plano de saúde. No fim, estava pagando para trabalhar. Mas continuei porque achei que valia a pena. Tivemos até 2 mil jovens no programa Prelúdio. Prestamos alguns serviços, e revelamos uma geração inteira de novos músicos. O programa trazia um público jovem para a casa, o Instituto Goethe dava uma bolsa na Alemanha para o vencedor, o Consulado Italiano dava outra para a Itália. E não custava nada para a emissora. A orquestra era paga por um convênio. Recebíamos toneladas de cartas. Estão desmontando a Rádio Cultura inteira, a TV Cultura também. É uma coisa triste. Estão sendo dirigidos por pessoas que não sabem dirigir, com uma programação sucateada, programas infantis que vão sendo repetidos.

Qual era o tamanho da sua equipe?

Eu tinha um produtor, mas foi demitido há alguns meses. Era apenas o locutor. Depois que demitiram a Marta Fonterrada (produtora e radialista), eu mesmo estava pesquisando e produzindo tudo. Marta era uma pessoa muito bem preparada, uma profissional de grande gabarito. Desde então, eu definia algum tema, como por exemplo “Compositores que ficaram cegos”, e aí reunia a obra de Bach, Haendel, e assim por diante, e montava o programa. Foi assim nos últimos seis anos, cada dia uma ideia diferente.

Quais são seus planos para o futuro imediato?

Bom, eu continuo à frente de um projeto em São Bernardo do Campo, a solidificação de uma orquestra. Estou me inspirando no que Simon Rattle (maestro inglês) fez em Birmingham, a prospecção de talentos numa zona industrial, tradicionalmente de pouca atividade cultural. A partir da orquestra, revitalizou toda uma cidade. É um projeto bacana de São Bernardo, que pretende instalar um teatro para a gente nos antigos estúdios da Vera Cruz, que abrigará um grande centro cultural.

Outro lado

Em nota, a TV Cultura explicou: “Pelo reconhecido e inconteste papel desempenhado pelo maestro Medaglia em prol da divulgação da música clássica no Brasil, foram oferecidas a ele algumas alternativas, mas a conclusão das conversas foi pela não renovação do contrato”.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Farroupilha revisita teatro político em novo espetáculo







Uma reflexão irônica sobre a política brasileira define o novo espetáculo do Grupo de Teatro Farroupilha, O arquivo vivo, que será exibido de 20 de abril a 1º de maio, no teatro Zélia Olguin.

O texto é uma livre adaptação de O arquivo vivo da prefeitura, conto de Beto Oliveira, vencedor do Concurso Nacional de Contos de Humor, realizado em 2010, pelo Farroupilha, em parceria com o Clube dos Escritores de Ipatinga (Clesi) e patrocínio da Usiminas.

Na peça, corrupção, escândalos políticos, revelações de tramóias, relações de infidelidade, disputa pelo poder e paternalismo são retratados por meio da história do prefeito interpretado por Didi Peres. Ele tem como assessor o inominável, vivido por Sinésio Bina. O espetáculo, que mostra como funcionam os bastidores da política no país, também traz no elenco Torosca Silvestre e Claudiane Dias, que se desdobra na interpretação de três personagens que se relacionam com os protagonistas.

Sem aptidão para administrar o município, o prefeito explora o jeitinho brasileiro e conta com o seu assessor para maquiar fraudes, para ser bem visto pela população e recompensando com votos. “O arquivo vivo ilustra a falta de ética que impera no Brasil, mostra um pouco do caráter do funcionalismo público no que diz respeito à sua postura em relação aos usuários dos serviços oferecidos pela rede municipal”, antecipa Didi.

Ele destaca que a montagem do espetáculo é uma ambiciosa realização, “principalmente levando-se em conta que partiu de um concurso, da avaliação e seleção de muitos textos concorrentes”, reflete Didi, acrescentando que “O arquivo vivo” não pretende fazer do teatro uma arma de politização, mas mostrar os bastidores da política, os mecanismos de opressão do povo desconhecidos de muitos brasileiros,

de uma mídia submissa ao poder. A peça é uma revisão crítica do poder público e contribui com a sociedade por ser muito engraçada; afinal, divertir é também função social do teatro”, comenta.


O espetáculo, patrocinado pela Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, leva a assinatura de Júlio Maciel, direção, e dramaturgia de Eduardo Moreira, ambos do Grupo Galpão. A iluminação é da premiadíssima Telma Fernandes. Gessé Rosa responde pela preparação corporal; Pedro Bastos assina trilha sonora e vídeos para o espetáculo; a produção executiva é de Leila Cunha. Luciano Soares e Edilaine Peres completam a ficha técnica como assistentes de produção.

SERVIÇO

O arquivo vivo. Dias 29 e 30 abril e 1º de maio, às 20:30 h, no Teatro Zélia Olguin. Duração: 60 minutos. Classificação: 12 anos. Os ingressos, que custam R$ 16 inteira e R$ 8 meia podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou pelo site WWW.institutoculturalusiminas.com

Mais informações pelos telefones (31) 3822-3031 (bilheteria) e (31) 3823-5614 ou pelo e-mail: grupofarroupilha@hotmail.com

Twitter: http://twitter.com/#!/GFarroupilha

Blog http://teatrofarroupilha.blogspot.com/

Legenda:

Com O arquivo vivo, Farroupilha comemora seus 15 anos de fundação

Trajetória

Em 1995, nascia o Grupo Farroupilha com a vocação de carrear um grande público para o teatro. Honrando seu nome de batismo, a trupe veio revolucionar a cultura local, difundindo espetáculos, buscando uma linguagem interdisciplinar, mesclando estilos, conquistando palcos, ganhando as ruas e outros espaços alternativos.

O Farroupilha já montou 17 espetáculos, lançou um CD com a trilha sonora do espetáculo “Estórias de bichos”, a revista Clown para todos (registro de uma pesquisa sobre a figura do palhaço). No currículo

do Farroupilha, consta também a ministração de oficinas e cursos de teatro e circo, além de projetos que vêm estimulando a produção cultural no Vale do Aço e têm circulado por várias cidades de Minas e

outros estados. Seus espetáculos já receberam diversos prêmios em festivais nacionais e estaduais pelo interior de Minas. Em 2007 e 2009, o grupo foi contemplado com Cena Minas – Prêmio Estado de Minas

Gerais de Artes Cênicas. O Farroupilha, que é filiado ao Movimento de Teatro de Grupo de Minas Gerais e ao Movimento Cultural da Vale do Aço, desenvolve um trabalho baseado na cooperação entre seus membros, valorizando os processos coletivos de criação, levando-se em conta suas inquietações e desejos pessoais.

Desde 2007, o grupo ocupa o Teatro Circu-Lar Farroupilha, local onde cria, ensaia e apresenta espetáculos, realiza outros eventos artísticos, intercâmbios, ministra cursos e oficinas para a comunidade, beneficiando pessoas de todo Vale do Aço e Vale o Rio Doce. O grupo também tem realizado trabalho didático em outros espaços, como na Escola Municipal de Artes Cênicas Antônio Roberto Guarnieri e no Projeto de Formação Interdisciplinar de Santana do Paraíso Espetáculos Produzidos: 2009,“Primavera” cena curta selecionada para a edição comemorativa do 10º Festival Cenas Curtas Galpão Cine Horto, direção Didi Peres e Claudiane Dias; 2008 – O musical “Eles e Elis”, direção de Didi Peres; 2004 – "Seis personagens à procura de um autor", direção de Eduardo Vaccari; 2002 – "Pecados" e "Olimpíadas clown", direção coletiva; 2001 – "Estórias de bichos" (em repertório), direção de Brigitte Bentolila e "Palhaços", direção coletiva; 2000 – "Sanatório geral", direção coletiva; 1999 – "A princesa engasgada" (em repertório), direção

de Antônio Guarnieri e "Sai da toca tatu", direção coletiva; 1998 – "Cantigas, mitos e lendas" e "O pastelão e a torta", direção coletiva; 1997 – "O caso dos rabanetes", direção de Othon Valgas; 1995 – "As lavadeiras", direção coletiva e "Quem quiser que conte outra", direção de Didi Peres.

PROFESTeatro - Festival de Teatro

Amigos do Teatro,

Nós do Centro Cultural Chaplin, da cidade de Congonhas (MG), informamos que o Edital do 3º PROFESTeatro - Festival Nacional de Teatro de Congonhas, se encontra no Link http://www.ausdok.com/profest/edital.pdf e a inscrição no Link http://www.ausdok.com/profest

O Festival acontecerá nos dias 23, 24, 25 e 26 de Junho e as inscrições se encerram em 16 de Maio.

Agenda Prévia do Festival:

23/06 - 8h - Recepção dos Grupos/Cias.


23/06 - 21h - Abertura Oficial


24/06 - 8h - Oficinas


24/06 - 00h - Lual dos Artistas


25/06 - 8h - Oficinas


25/06 - 00h - Festa Fantasia


26/06 - 9h Oficinas


26/06 - 11h - Bate Papo com Atores, Diretores, Produtores, Jurados, Políticos e Presidentes dos Sindicatos Culturais.


26/06 - 20:30 - Entrega dos Prêmios.

Aguardamos o seu Grupo/Cia na Cidade dos Profetas do Aleijadinho, Patrimônio Cultural da Humanidade e Imagem de Minas Gerais.

Evoé Baco!

Centro Cultural Chaplin.
profesteatro@gmail.com
(31) 9922-1331, (31) 9934-9010, (21) 9869-3435

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Festival Gramophone abre inscrições até 01 de maio

Nascido em 2010, o Festival Gramophone chega à sua segunda edição entre os dias 28 e 31 de julho. Inédito em Sete Lagoas (MG), o evento colocou durante três dias, em três palcos diferentes, 12 bandas que apresentaram exclusivamente seu projeto autoral, conquistando um público faminto por novidades na cidade.


Para este ano, o Coletivo Colcheia, organizador do Gramophone, abre pela primeira vez uma seletiva para escolher de forma democrática duas bandas locais que se apresentarão durante o festival. As inscrições vão até 01 de maio e podem ser feitas na plataforma Toque no Brasil. Seis vagas estão disponíveis para esta etapa.

#mobilizacultura

Desde o começo do ano estamos discutindo os rumos que o Ministério da Cultura e Ana de Hollanda tem tomado nas políticas culturais brasileiras.

A partir do debate acumulado aqui com a contribuição enorme dos coletivos junto com várias outras listas e fóruns sobre estratégias de mobilização, organizamos junto com diversas redes de cultura do Brasil (Pontos de Cultura, cineclubes, midialivristas, militantes da Cultura Digital Brasileira, Fóruns de linguagens, de debates e organizações de classe) o movimento Mobiliza Cultura!

A definição dessa rede está bem explicada nesta definição:

O Mobiliza Cultura é um movimento e uma rede de redes que tem como objetivo avançar, aprofundar e propor politicas no campo da cultura que radicalizem a democracia. Somos transversais, somos muitos, somos nômades. Somos ativistas, criadores, produtores, gestores, usuários e construtores de uma extensa rede, horizontal e capilarizada que faz e pensa cultura. Este é o nosso Ministério,espaço de articulação, com vídeos, artigos, fóruns de debates, ações, um lugar de proposições, co-gestão, compartilhamento e construção das Politicas Públicas que queremos para a Cultura.

O movimento escreveu uma Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousself (protocolada ontem na Presidência da República em Brasília) e está lançando-a junto com o site, que está em construção.

www.mobilizacultura.org
Estamos num momento único de mobilização dos movimentos no campo da cultura.

Nunca antes na história desse país, movimentos tão diversos em suas ações e propostas estão sentando para pensar pautas e agendas únicas. Ana de Hollanda está comprindo sua ação histórica.

Espalhem por toda rede, twitter, facebook e o que mais for possível.

Usem a hash #mobilizacultura e sigam o twitter: @m0b1lizacultura

Abraços e vamo que vamo!
Leonardo Barbosa Rossato

PCult - entidade apartidária atuando suprapartidariamente em favor da Cultura

011 8609 0578
@leonardobr
Skype: leonardobarbosarossato

Coisa boa vale a pena copiar!


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terça-feira, 26 de abril de 2011

Dizem que a Ministra mando um recado pra nós (garotada)

Ana de Hollanda apressa projeto de reforma da Lei do Direito Autoral

Plantão | 20/04 às 23h23 Luiz Fernando Vianna A ministra da Cultura, Ana de Hollanda / Foto Leonardo Aversa
RIO - Ana de Hollanda acredita que o pior já passou. Além de comemorar ter pago R$ 150 milhões dos cerca de R$ 400 milhões pendentes do ano passado, ela está com pressa para concluir o projeto de reforma da Lei do Direito Autoral e enviá-lo no meio do ano ao Congresso Nacional, para tentar se livrar do tema que predominou nos ataques que recebeu nestes quase quatro meses como ministra da Cultura. Mas há problemas que persistem: ainda não conseguiu nomear duas secretárias (Cláudia Leitão, da Economia Criativa, setor tido como prioritário, e Marta Porto, da Cidadania e da Diversidade Cultural) por, segundo diz, problemas de documentação delas, e está passando o pires em empresas para cobrir os cortes no orçamento. Nesta entrevista, ela responde às críticas de seu antecessor, Juca Ferreira, afirma que é alvo de uma "campanha orquestrada", mas ainda deixa tópicos sem posições firmes.
LEIA MAIS: Ana de Hollanda oferece ajuda para reduzir a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira
LEIA MAIS: No Senado, ministra nega relação com Ecad e confunde natureza do Creative Commons
ENTREVISTA: Para Ana de Hollanda, direitos autorais são 'quase como direitos trabalhistas'
A senhora está no quarto mês de gestão e há muitas queixas de que não sabe o que quer. Que marcas pretende imprimir?
ANA DE HOLLANDA: Nós temos um foco muito ligado ao cidadão, às comunidades. A cultura atua diretamente na autoestima, na identidade. E trabalha a capacidade de se refletir sobre a realidade em que se vive. Veja os rappers, que comentam tudo e se organizam independentemente da estrutura formal do Estado. Nosso trabalho é para emancipar ainda mais esse cidadão. Vamos trabalhar nos Pontos de Cultura e nas Praças do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Serão 800 praças em quatro anos, e é a comunidade que vai ocupar, desenvolver seu uso.
E um outro foco?
É a área da economia criativa. É um setor muito informal, os artistas estão um pouco perdidos. Primeiro, vamos fazer um grande diagnóstico, pois os estudos que existem estão defasados, e partir para um sistema nacional de informações sobre a economia da cultura: onde estão a criação, os agentes fomentadores, as formas de financiamento, os gargalos para difusão e distribuição. Nosso objetivo é colaborar com a área da criação para que ela se emancipe mais, e não fique na dependência de um prêmio, um edital.
Em um comentário na internet, seu antecessor, Juca Ferreira, afirmou que o atual ministério está destruindo tudo o que foi construído em oito anos de governo Lula e sem apresentar outro projeto. Como a senhora responde?
Eu não vou responder ao Juca. Acho que nossas ações e nossa política estão respondendo. Ele pode ver da forma que está vendo, mas pode também se inteirar melhor e ver que não há esse rompimento. Eu e ele conversamos quando assumi, e eu disse que um governo de continuidade pode ter outros focos, o que não significa anular ou inverter o que foi feito. Mas às vezes o passo seguinte é olhar para o outro lado. A gente tem que avançar. Continuar não é repetir.
Para a senhora, há mesmo uma tentativa de desestabilizá-la?
Ah, sim, existe um grupo orquestrado que foi detectado logo no começo. Não vou ficar falando os nomes das pessoas. Às vezes me perguntam coisas que eu teria dito e que nunca disse. É um trabalho de desinformar e desqualificar tudo. Prefiro caminhar para a frente. Não vou ficar correndo atrás de boato.
Nesta sexta-feira completa-se o período de 30 dias para consulta da nova proposta de reforma da Lei do Direito Autoral. O que acontecerá agora?
Haverá um levantamento de algumas áreas problemáticas que terão que ser mais bem analisadas. Houve um grande avanço do projeto de lei que estava em consulta pública (no ano passado) para o que está no site do ministério agora. Mas a situação da internet ainda está muito indefinida. Vários setores, em cinema, música, fotografia, artes gráficas, estão se queixando (de como serão recolhidos direitos autorais na internet). Abriremos um prazo curto, até a metade de maio, para receber propostas. Depois faremos um grande encontro para discutir o tema, haverá uma sessão no Congresso, mandaremos para o Grupo Interministerial (de Propriedade Intelectual), e espero no meio do ano enviar de vez para o Congresso.
A senhora vem sendo apontada como partidária de um lado na polêmica sobre direitos autorais, o dos compositores contrários à reforma...
Claro que eu tenho preocupação com a criação, no que vou de encontro à Constituição. Quem está me acusando é o pessoal da cultura digital, disseram até que eu era ministra do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Mas ouvi todas as manifestações, tenho intermediários que conversam (com representantes da cultura digital). O digital é uma ferramenta para os artistas, temos que usar e usar bem. Mas é preciso que seja respeitado o criador que vive da sua criação. Não pode ser oito nem 80. Sempre falei que havia uma mediação possível. Temos que trabalhar para atender áreas completamente antagônicas. Os mais radicais não vão aceitar bem, mas temos que trabalhar.
O que é, para a senhora, o Creative Commons?
É uma entidade, uma ONG (organização não governamental), representada no Brasil pela Fundação Getulio Vargas. E eles trabalham com licenciamento de obras para a internet. Há alguns modelos, e eles facilitam para que sua obra fique disponível para quem vai buscá-la. Nada contra, mas eles não podem ficar na página principal (do site do ministério). Podem continuar prestando serviços, pois os Pontos de Cultura, por exemplo, trabalham muito com compartilhamento. O problema do Creative Commons é que não prevê o pagamento a quem cria. O direito do autor continua, está na Constituição, mas o uso que se fizer não prevê alguma forma de pagamento. Sei que eles não têm fins lucrativos, mas também há muitas ONGs que gostariam de ter seu selo na página do ministério.
Não seria melhor estudar mais o tema antes de retirar a marca do site?
Não, porque é uma questão administrativa. Não se pode, sem um processo legal, colocar uma propaganda, uma marquinha que leva para o site de uma entidade que presta um serviço. E falaram que está em outros sites de ministérios. Não está, só em blogs. Não tirei porque quis, não sou louca, consultei o setor jurídico. Como os outros ministros justificam isso, não me interessa, é problema deles. Mas eu estava entrando e precisava responder por isso.
A senhora acredita que o Estado deve interferir na arrecadação e distribuição de direitos autorais?
É uma questão bem delicada. Vai ter alguma forma de fiscalização, é um trabalho que exige uma transparência, pois há uma grande queixa em relação ao Ecad. Existe o direito de livre associação, o Estado não pode intervir, o problema é da Justiça. Mas uma fiscalização maior talvez a gente tenha que fazer, porque eles trabalham com uma área estratégica.
O que será corrigido na Lei Rouanet em caso de aprovação no Congresso de seu substituto, o Procultura?
Acho que vai corrigir muitos erros, pois haverá um grau de pontuação para cada tipo de projeto, apontando qual é a função social dele e se a dedução (do Imposto de Renda das empresas patrocinadoras) será maior ou menor. É sempre uma lei de mercado, existe o papel de patrocinador, mas esse papel será relativo, porque boa parte dos recursos vai para o Fundo Nacional de Cultura. Há um conselho que vai discutir a prioridade desses recursos. O conselho tem uma formação ampla, com colegiados setoriais dos quais fazem parte vários setores da criação, das áreas produtivas, da sociedade civil. Então, haverá uma representatividade quando se for discutir a destinação do fundo.
Como o ministério terá recursos para desenvolver seus projetos se sofreu um corte de 39%, cerca de R$ 500 milhões, em seu orçamento?
Estamos administrando. Nossa primeira prioridade era nos equilibrar e começar a pagar os atrasados do ano passado. Há muitos convênios em que poderemos pagar parcelas este ano e outras mais adiante. Na segunda-feira estive na Petrobras e no BNDES em busca de patrocínios para projetos específicos. Para a Europália (festival de artes que será realizado na Bélgica em homenagem ao Brasil entre outubro de 2011 e fevereiro de 2012) eu vou buscar na iniciativa privada. Há ações que precisamos fazer. Temos que começar este ano a preparar os museus para a Copa e para as Olimpíadas, senão vai ser difícil estarmos em condições.
Qual é o saldo da polêmica sobre a autorização de captação de R$ 1,3 milhão para o projeto de Maria Bethânia lendo poesias num site?
Pegaram a Bethânia para cristo, mas podia ser outro. Até pelo Procultura o projeto poderia ser aprovado. Quem não quer ter acesso a um trabalho de excelência de uma artista que é um ícone? Vejo de uma forma preocupante essa demonização de artistas bem-sucedidos. Eu sou acusada de estar defendendo uma elite. Não defendo artistas bem-sucedidos, defendo cultura de alta qualidade. Vejo uma campanha contra a cultura brasileira, esta cultura que é vista como de elite, mas que não é de elite. É claro que não devemos ficar sempre nos mesmos, temos que abrir oportunidades, mas também temos que reconhecer méritos nos nomes conhecidos.
A senhora estava preparada para ser ministra?
O mundo da cultura é um mundo que grita muito. Em outras áreas, não vejo isso tão forte. Acho que foi descabida a reação orquestrada, e está ficando claro que não tem muito fundamento. Divergências existem sempre, mas campanha com blog "fora Ana de Hollanda"... Tem uma garotada que se deixou levar por essa desinformação. Isso está sendo superado à medida em que estamos mostrando o trabalho.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ecad repassou quase R$ 130 mil para falsário por autoria de trilhas sonoras

Documentos comprovam que Milton Coitinho recebeu verba / Editoria de arte
Rio - Ninguém no Brasil ouviu falar em Milton Coitinho dos Santos, mas, de acordo com o sistema de músicas do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), ele deveria ser um dos mais prolíferos e conhecidos autores de trilhas sonoras para cinema de que se tem notícia. Suas composições viriam de clássicos dos anos 1960 até comédias recentes deste século. Ele teria trabalhado com Glauber Rocha, José Mojica Marins e Anselmo Duarte. E, por essas supostas trilhas, foi recompensado. Em 2009, Coitinho recebeu R$ 33.364,87 de direitos autorais do Ecad. Em 2010, foram R$ 94.453,42. No total, o escritório pagou ao "compositor" R$ 127,8 mil pelas exibições de 24 filmes nos últimos dois anos. Só que Coitinho, na realidade, foi o autor de outro tipo de obra: ele representa a maior fraude já descoberta dentro do sistema de distribuição de direitos autorais do Ecad.
O esquema dos pagamentos irregulares começou a vir à tona em novembro do ano passado, de acordo com uma série de documentos e trocas de e-mails aos quais O GLOBO teve acesso. Na ocasião, a União Brasileira dos Compositores (UBC), uma das nove associações que compõem o Ecad, foi questionada sobre os direitos de Sérgio Ricardo em relação à trilha de "Deus e o diabo na Terra do Sol", filme de 1964, de Glauber Rocha. As composições da obra são de Ricardo e do próprio Glauber, mas a trilha foi registrada como de autoria de Coitinho na UBC em 28 de janeiro de 2009.
- Isso é um roubo, é um crime. Imagino que algum funcionário oportunista pegue uma obra sem autor ou com o nome trocado e a registre em seu próprio nome - diz Sérgio Ricardo. - É uma mostra de como o direito autoral no Brasil é desorganizado. As informações são truncadas, nunca se sabe exatamente o que está sendo pago.
Desde 2009, então, trilhas são registradas em nome de Coitinho. Há obras de todos os gêneros e datas. Estiveram associadas a ele, por exemplo, músicas de "O pagador de promessas" (1962), de Anselmo Duarte; "Macunaíma" (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; "Finis hominis" (1971), de José Mojica Marins; "Feliz ano velho" (1987), de Roberto Gervitz; "Pequeno dicionário amoroso" (1997), de Sandra Werneck; e "O homem que desafiou o diabo" (2007), de Moacyr Góes.
" Isso é um roubo, é um crime. Imagino que algum funcionário oportunista pegue uma obra sem autor ou com o nome trocado e a registre em seu próprio nome "

Em todos, ele aparecia no sistema do Ecad tanto como compositor das obras como seu intérprete. Há casos, como no de "Romance" (2008), longa-metragem de Guel Arraes com trilha de Caetano Veloso, em que ele foi registrado como único autor das músicas. Em outros, os autores verdadeiros eram cadastrados com uma participação menor na trilha, para não levantar suspeitas. As músicas de "Casa da Mãe Joana", de Hugo Carvana, foram feitas por Guto Graça Mello. Mas, na ficha técnica do Ecad, Guto teria tido participação em apenas 1.350 segundos da trilha, enquanto 3.755 segundos seriam de Coitinho.
- Isso me parece um grande golpe de uma equipe. Eu acho que apareceu apenas a ponta de um iceberg. É muito dinheiro envolvido na distribuição de direito autoral no Brasil - afirma Guto.
Os valores pagos por cada filme variam de acordo com sua execução no ano. O rendimento em direito autoral das músicas para "Didi quer ser criança" (2004), de Alexandre Boury e Reynaldo Boury, por exemplo, foi de R$ 33 mil em 2010. Porém, 70% da trilha, de autoria de Mú Carvalho, foram inscritos como sendo de Coitinho.
- Até agora não me pagaram o que é devido. É engraçado como é mais fácil alguém inventar que fez uma música e receber o dinheiro da associação do que o verdadeiro compositor ter o que lhe é de direito - afirma Carvalho. - Sendo elegante, eu posso dizer que o sistema do Ecad é, no mínimo, falho.
O Ecad é o órgão responsável pela arrecadação e distribuição de direitos autorais no Brasil. A arrecadação é feita em rádios, emissoras de TV, casas de festas, blocos de carnaval, restaurantes, consultórios ou qualquer estabelecimento que toque música publicamente. Depois, o valor é distribuído para as nove associações que compõem sua estrutura, cabendo a elas o repasse para autores, herdeiros, editoras e intérpretes. Atualmente, o banco de dados do escritório conta com 2,3 milhões de obras musicais, 71 mil obras audiovisuais e 342 mil titulares de música.
Parte desse banco de dados está disponível para consulta na internet, num sistema chamado Ecadnet. Em entrevista ao GLOBO no início de março, Glória Braga, superintendente executiva do Ecad, explicou que o Ecadnet é um catálogo mais refinado das obras.
- Ali estão músicas nacionais codificadas para um projeto internacional. Elas têm códigos que sofrem validações variadas, refinamentos de tecnologia. São músicas cujas informações podem ser utilizadas em qualquer lugar do mundo com aqueles códigos. Aquilo é menor do que o banco de dados do Ecad. Outras músicas ficam no nosso banco de dados aguardando validação para que sejam postadas no banco de dados mundial. Aquele é um banco de dados refinado, depurado, sem maiores problemas - disse Glória.
Apesar disso, todas as músicas de Coitinho estavam, até domingo, no Ecadnet.
O Ecad cortou os repasses para Coitinho em janeiro e agora estuda uma maneira de processá-lo. O problema é encontrar o falsário - se é que ele existe. De acordo com Marisa Gandelman, diretora executiva da UBC, Coitinho registrou as trilhas sonoras no escritório da associação em Minas Gerais. Hoje, porém, não haveria informações sobre seu paradeiro. Em trocas de e-mails entre representantes de associações, falou-se que ele poderia ter ido para o exterior.
- Ele descobriu uma brecha e agiu de má fé. Qualquer sistema no mundo tem brecha. A própria ideia da autoria de obra artística depende da presunção da verdade do autor, o que já deixa a maior brecha de todas - explica Marisa. - O direito de autor no Brasil é automático, não carece de registro. No caso dos filmes, normalmente a ficha técnica é levada ao sistema com base num documento preparado pelo produtor. Quando a ficha não é catalogada, o dinheiro fica retido até aparecer um titular. O Coitinho se inscreveu como autor de filmes cujas fichas não foram providenciadas. Como não havia outra ficha, o problema não foi logo percebido. Mas só quem faz parte do sistema tem acesso a essas informações.
" Como não existe um método de depósito de fonogramas, a gente não sabe se a obra existe mesmo ou se foi feito um cadastro de má fé. E as associações não checam os cadastros "

Outra particularidade no registo autoral brasileiro é que cada uma das dez associações do Ecad tem modelos próprios para registro e não se exige do autor um fonograma da obra.
- Como não existe um método de depósito de fonogramas, a gente não sabe se a obra existe mesmo ou se foi feito um cadastro de má fé. E as associações não checam os cadastros - afirma Juliano Polimeno, diretor executivo da Phonobase, agência de música de São Paulo.
- Na Espanha, a associação Sgae determina que o cadastro de obra seja feito junto com o áudio. Além disso, fora do Brasil existe uma padronização no cadastro. Aqui, o Ecad não tem um padrão - afirma o advogado Daniel Campello Queiroz.
A revelação do esquema de Coitinho coincide com o debate sobre a reforma da Lei do Direito Autoral. Hoje, o projeto que foi preparado pela gestão anterior do Ministério da Cultura (MinC) volta para consulta pública, a fim de receber sugestões até 30 de maio. Diferentemente do que ocorreu em julho do ano passado, quando o MinC fez a primeira consulta, porém, os internautas não terão acesso às contribuições de terceiros.
Um dos pontos mais polêmicos da reforma está, justamente, na necessidade ou não de se criar um ente governamental fiscalizador do Ecad - atualmente, o escritório é autônomo.

Maior bandido vivo do Brasil -os eleitos

E o nosso mais honorável bandido é... Chegou a hora de saber o resultado. Justo no dia da malhação do judas.
Nada científico e apenas com auditores de botequim, o pleito levou em conta comentários espalhados por todos os posts deste blog durante o seu primeiro mês de vida. Juntou ainda a essa balaiada, alguns votos avulsos no meu twitter e facebook.
Enfim, uma fuzarca virtual à guisa de desabafo contra tudo que está ai, como vociferávamos no tempo da Ditadura.
Teve gente que votou folgadamente no mesmo personagem o quanto quis. Ora, sinal de que o desejo de elegê-lo era dos maiores. Sem regulamento, relax, a parada aqui vale pelo capital simbólico, nisso sou podre de rico e gasto por cuenta.
O cidadão e humorista greco-baiano Claudio Manoel –dá-lhe Casseta!-   deixou um voto que bole com todos os sentidos semânticos da bandidagem: "Vou no tradicional. Bandido sem metáfora, bicho ruim roots, old school: Fernandinho Beiramar”, sufragou.
Como não dispomos de um bandidômetro mais eficiente, apenas reeditamos o concurso promovido ainda em 1931 pelo antropófago Oswald de Andrade, o homem do Pau Brasil, e pronto.
Na trincheira gutenberguiana com a sua mulher Pagú, Oswald editou um dos melhores jornais que este país já leu: “O Homem do Povo”. Foi neste revolucionário papiro que lançou a eleição do maior bandido vivo. Naquela época, nobilíssimo Claudio Manoel, o bandido não-metafórico mais votado foi o Lampião.
O bom do resultado é que contemplou homens de todas as áreas –executivo público e privado, parlamento, judiciário, autarquias ludopédicas, igrejas etc. E ninguém praticamente associou as mulheres, repare que rico, a atos de bandidagem. Imaculadas ou protegidas por um certo machismo enviesado? Achei uma beleza isso tudo.
Infelizmente, devido ao feriadão ensolarado e chocolatoso com a patroa, contabilizamos somente quem atingiu a casa de uma dezena de votos –mas o que teve de autoridade provinciana ou municipal votada é brincadeira. Opa, caro Marcelo Tas, duas inomináveis criaturas sufragaram teu imanchável –sic Vicente Matheus!- currículo.    
E assim fechamos a marcha das apurações:
1)    Sarney – 263 votos
2)    Maluf – 101
3)    Ricardo Teixeira -100
4)    Serra – 66
5)    Lula – 42
6)    Daniel Dantas – 39
7)    Zé Dirceu – 35
8)    Edir Macedo – 27
9)    Collor -26
10) FHC -25
11) Kassab – 23
12) Alckmin -22
13) Gilmar Mendes -21
14) Família Roriz – 20
15) Renan Calheiros – 19
16) Jader Barbalho -17
17) Grande mídia -15
18) Roger Abdelmassih – 14
19) Fernandinho Beira-Mar – 11
20) Polícia no geral, sem distinção – 10
Escrito por Xico Sá 23/04/2011 �s 22h03

domingo, 24 de abril de 2011

Venho por meio deste

                                              Essa foto tem no minimo cinco (5) anos



O escriba vem falar que esteve afastado por motivos de saúde, então as duas ultimas postagens foram do estilo Ctrl+C / Ctrl+V.
                E hoje venho aqui avisar que já esta quase bão o escriba e que a reunião aberta desta semana foi cancelada. Vai ser apenas para as pessoas que participaram da ultima e assinaram a ata.
                Sobre a foto só colocamos ela pois nos últimos dias temos pensando muito em artistas que ajudaram a formar e fazer o Pé-de-cabra (pré coletivo e coletivo) chegar onde está chegando. E não estamos falando que a garota ai é artista, mas sim o cara que fez essa logo na blusa e gostaríamos muito de ter ele de volta. Se alguém puder redesenha-lo seremos muito gratos.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Chega de Páscoa Sofrida

Marcelo Carneiro da Cunha
De São Paulo

Escritor propõe o Feriado do Coelhinho em substituição
à Semana Santa (foto: Divulgação)
Estimados leitores, essa coluna inicia aqui o movimento internacional e global pelo fim da Páscoa. O que não significa o final do feriado, de maneira alguma. Todo mundo vai poder continuar ficando preso em engarrafamento livremente, não se preocupem.
Mas, o que eu acho que seria uma excelente ideia é apenas remover do nosso calendário emocional uma data baseada no pior do catolicismo: a ideia de compartilhar do sofrimento de algo ou alguém que estava lá de propósito e para isso mesmo.
Páscoa, estimados leitores, está centrada na tal paixão de Cristo. Mas paixão aqui no sentido latino, de passio, ou sofrimento. Na paixão de Cristo, o coitado é sovado sem dó por romanos e por quem mais estiver assistindo, e a gente é convidado a compartilhar da pancadaria na condição de quem a sofre. No grande final, o sujeito que veio até aqui para salvar todo mundo dos seus pecados é solenemente crucificado. Essa não é a minha ideia de divertimento, estimados leitores.
Apenas como comparação linguística, compaixão é compartilhar do sofrimento do outro. Na forma germânica, compaixão é Mitgefühl, ou algo assim, significando co-sentir, ou compartilhar dos sentimentos do outro. Eu gostaria muito, muito mais se a gente passasse a comemorar um feriado onde se praticasse o Mitgefühl, e a gente se dedicasse a sentir o outro, e, eventualmente, compreendê-lo, do que passar dias pensando no coitadinho do outro e o quanto ele se sacrificou por nós, sem que a gente pedisse.
Culpa, dor, sofrimento. Essa é a parte do catolicismo que mais me incomoda, o culto ao que existe de pior na vida, a celebração da morte, o que invariavelmente leva a sentimentos de vingança. Meu pobre pai sofre até hoje pelo que ele e os meninos da sua vizinhança faziam no sábado de malhar Judas, instigados pelo padre, quem mais.
Saibam que os romanos crucificavam todo mundo e por qualquer motivo. O cara espirrou torto, pimba, crucifiquem. Madeira e mão de obra custavam pouco, a civilização romana, com toda sua sofisticação, era muito cruel na essência. Não havia nada de especial em crucificar alguém, apenas o horror da coisa, que os contemporâneos viam e temiam. A cruz somente foi adotada pelo cristianismo uns quatro séculos depois de pararem com a prática da crucificação, quando a memória do seu horror já estava distante o suficiente para a cruz poder ser tratada como símbolo, um símbolo muito, muito eficaz. Para que celebrarmos hoje em dia o que existe de pior em uma religião tão preocupada com o sofrimento nesse mundo? Vamos para o outro lado, vamos curtir o feriado imersos em pensamentos mais felizes.
O coelhinho da Páscoa é o meu candidato a se tornar o símbolo da Nova Páscoa. Chocolate é muito melhor enquanto proposta de vida. Estimulante, prazeroso pra caramba, mais saudável do que dizem. E o coelhinho, por diversos motivos, é símbolo do que existe de divertido na vida, não é?
Não que coelhos ovíparos sejam exatamente algo muito racional. Mas, se pensarmos em crenças esquisitas, o mito cristão é tão esquisito quanto, e muito menos feliz. Feriado do Coelhinho, já. Começou a campanha e unam-se a ela, caros leitores.
O mundo era o que era, e é certo lembrar dele como foi, para compreendermos melhor o que nos tornamos. Mas celebrar os seus piores aspectos, eternizando-os em nossa mente coletiva não me parece uma boa maneira de caminhar pela vida, como sociedade.
Guerras, lutas, morte, dureza, fome, constituíram a experiência central da humanidade por milênios, mas lutamos muito e superamos parte desse karma. Existem guerras, existe infelizmente ainda a fome. Mas a maioria dos humanos não está experimentando nada disso e provavelmente nunca irá ter a tristeza de passar por tanta desgraça. Temos vacinas, produzimos comida, criamos sistemas de governo centrados na ideia de que o bem comum deve ser buscado por todos e para todos. Queremos aprender a parar de aquecer o planeta, devastar sua natureza e eliminar a pobreza mais dura. Assim que conseguirmos isso e ainda por cima fizermos desaparecer o axé, estaremos bem. Isso, sim, merece ser celebrado, e creio que o Coelhinho, com sua mensagem de fertilidade e alegria será um ótimo representante do novo feriado.
Enquanto vocês pensam no assunto, vou aqui praticar a felicidade fazendo o meu inigualável chocolate quente, receita do Café Hermés, de Paris, com o maravilhoso chocolate Rey, em pó e em barra, vindo da Venezuela especialmente para essa ocasião.
Quem quiser se juntar a mim nos festejos da Nova Páscoa, é só pedir e eu mando a receita do chocolate quente perfeito. Uma feliz Nova Páscoa a todos, é o que lhes deseja esse seu servo, eu.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Votem no Zimun para abrir o show do Sublime


Video feio por alguem do publico no Grito Rock

ZIMUN, é uma banda de rap que incorpora outras nuances distintas do estilo e explora também, além da música ligada ao texto, a música pura, instrumental. A parte textual também é bastante diversa da tendência acentuada do gênero de se engajar a uma causa política, ou de protesto, ou de problematizar as questões de fora para dentro. Antes disso as letras são poesias. Bateria, contra-baixo, guitarra, vibrafone, trompete, escaleta, sintetizador, computador, samplers, percussão afro-cubana e brasileira, efeitos, penduricalhos, e voz humana fazem a instrumentação. Em breve a banda lançará o EP "Alcançando o Céu Com os Pés no Chão" pelo selo Serresônica, e o single "Vida Saturada!".

http://garagemburn.com.br/bandasSelecionadas.php?idBanda=9

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO DOS PONTOS DE CULTURA – DIA DO PONTO

Pontos de Cultura de Minas se reúnem em Belo Horizonte para discutir os rumos das políticas públicas para a cultura
 
Na próxima segunda feira, dia 18 de abril, Dia do Ponto, os Pontos de Cultura de Minas Gerais se reúnem para abordar uma pauta comum a todos os Pontos de Cultura do Brasil, que integram o Movimento Nacional dosPontos de Cultura:
- Defesa da manutenção e ampliação do Programa Cultura Viva – Pontos de Cultura, através da aprovação da Lei Cultura Viva;
- Anistia para todos os Pontos de Cultura que tenham cumprido o objeto do seu contrato com o Programa e que tenham tido dificuldades jurídicas e burocráticas com a sua prestação de contas;
- Reformulação da Lei de Direito Autoral;
- Implantação do Plano Nacional de Cultura;
 
Os Pontos de Minas Gerais se encontram, a partir das 09 horas, no espaço da Associação Querubins (Rua Correias, 700 - Sion) para avaliar aatual conjuntura e os primeiros 100 dias do MINC de Ana de Holanda e, para,além de se posicionar em relação aos grandes temas nacionais, discutir  também questões específicas, como a realização, ainda em 2011 de Micro Teias nas oito regiões  do Estado e da Teia Estadual e a mobilização dos Pontos de Minas para participar da Grande Marcha do Cultura Viva para Brasília , no dia 25 de maio.
Na ocasião, representantes dos Pontos de todo o país irão, em caravana a Brasília para entregar á presidenta Dilma Roussef, uma Carta Aberta com as principais reivindicações do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura!
Na parte da tarde, os Pontos de Minas se confraternizam em torno de algumas atrações artísticas e recebem, como convidados representantes do MINC, da SEC/MG e Deputados Federais da bancada de Minas, que integram aFrente Parlamentar Mista de Cultura. Está previsto para as 16:30 h o encerramento do encontro.
 
Serviço
Dia do Ponto - Encontro dos Pontos de Cultura de Minas Gerais
Dia 18/04/2011 – Segunda –feira, a partir das 9hs
Local: Associação Querubins – Rua Correias, 700 – Sion
 
Contato para imprensa
Flávia Camisasca – jornalista e coordenadora do Ponto de Cultura Quintal de Cultura – (31) 9226 6040
Leri Faria - 9107 7741
Júlio – 9624 0509

domingo, 17 de abril de 2011

Democratizar a cultura não é nosso interesse, diz vice-presidente da MPAA

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DIÓGENES MUNIZ
DE SÃO PAULO
Greg Frazier, vice-presidente executivo da Associação Cinematográfica dos EUA (MPAA, na sigla em inglês), visitou São Paulo e Brasília na última semana para pressionar autoridades locais por maior atenção no combate à pirataria.
Representando os maiores estúdios do planeta, Frazier chegou a se encontrar com políticos e equipes dos ministérios da Cultura e da Justiça.
Em entrevista exclusiva à Folha, o executivo norte-americano comentou a reforma dos direitos autorais no Brasil e explicou que a democratização do acesso à cultura não está na agenda da associação.

Filipe Redondo - 20.jun.2008/Folhapress
O executivo Greg Frazier, vice-presidente da MPAA, veio ao Brasil para encontros com autoridades
O executivo Greg Frazier, vice-presidente da MPAA, veio ao Brasil para encontros com autoridades
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Folha - Por que a MPAA decidiu vir ao Brasil neste momento?
Greg Frazier - O Brasil é um território importante para nós, e vocês estão com um novo governo agora, então decidimos passar algum tempo no país conversando com autoridades culturais e judiciais sobre a reforma dos direitos autorais e outras questões relativas à proteção de conteúdo. Também queremos entender o que está na agenda das autoridades brasileiras e falar sobre nossas preocupações.
O sr. acompanha os debates sobre direitos autorais que têm surgido no início do governo Dilma?
Sim, estamos acompanhando. E eu acredito que nossa visão sobre o assunto está alinhada com o que pensam os produtores e artistas no Brasil.
Qual é sua avaliação sobre a lei de direitos autorais brasileira?
Primeiramente, ela não é muito diferente da maior parte das leis de direitos autorais pelo mundo. Há algumas coisas que podem ser melhoradas, e surgiram propostas [de flexibilização dos direitos autorais] no ano passado que soaram problemáticas para nós, mas o governo brasileiro parece ter voltado atrás e decidiu olhar a questão com mais calma. Só esperamos participar desse processo de reforma e poder analisá-lo também com mais calma.
Nossa lei de direitos autorais é de 1998. O sr. não acha que muitas coisas mudaram desde então?
Sim, você tem toda a razão. A internet transformou o ambiente com o qual os direitos autorais trabalham e mudou também a forma como esse ambiente precisa ser protegido. Hoje é tremendamente fácil roubar um filme on-line.
É muito fácil disseminar milhões de cópias de filmes ilegais. Então isso se apresentou como um novo desafio aos governos e para quem trabalha com políticas públicas, já que precisam se voltar para suas leis de direitos autorais e entender se elas são mesmo adequadas aos problemas do século 21.
O estudo que vocês fizeram no Brasil coloca mais da metade da população urbana do país em situação de "ilegalidade cultural" -55% estariam vendo filmes piratas. Não é um dado desencorajador, já que muitas pessoas podem pensar "se todos fazem, também vou fazer"?
Lamentavelmente essa atitude existe, mas não acho que a divulgação dos dados seja desencorajadora. Ela demonstra a gravidade do problema e como as autoridades precisam agir em relação a ele. O Brasil, como outros países, tem uma diversidade cultural rica e uma indústria de filmes em ascensão. Quando essa indústria crescer ainda mais, seus produtos precisarão estar protegido.
A noção das pessoas que criaram esses produtos é que elas precisam ser recompensadas por isso. Isso vale para um repórter de jornal que está escrevendo uma matéria ou um diretor que está fazendo um filme. Se você não tiver remuneração pelas reportagens que escreve, provavelmente vai acabar não escrevendo muitas. Se você não acredita no valor da criatividade e da produção de conteúdo, você acredita em um sistema diferente do meu.
Então os direitos autorais no Brasil estão em perigo?
Não diria em perigo. Acho até que não é uma particularidade do Brasil, mas do ambiente digital. Quero dizer, pouquíssimas pessoas diriam que é normal entrar em uma videolocadora, colocar um DVD no bolso e sair andando. Todos reconhecem que isso não se faz porque é errado.
Infelizmente, essa mesma visão não parece prevalecer quando estamos na internet, já que se pode sentar diante de um computador em casa, no trabalho ou na faculdade, baixar um filme ilegalmente e achar que isso não vai afetar ninguém, que está tudo bem. Bom, o caso é que não há diferença entre um exemplo e outro.
Agora, se você não acredita no valor da criatividade, na importância de protegê-la e de remunerar as pessoas que produzem, aí talvez você consiga justificar esse tipo de ação. Mas, neste caso, você estará fazendo um grande mal à cultura.
Temos muitos defensores brasileiros do Creative Commons, sistema de licenças que torna mais flexível o uso de obras artísticas. O sr. acha que esses movimentos ajudam a democratizar a cultura?
Bem, não tenho certeza. Eles [defensores do Creative Commons] nem sempre concordam com o que pregamos. E você está falando em democratizar a cultura, isso não está entre os nossos interesses. Realmente não é a minha seara.
O que o sr. acha que um país como o Brasil, onde apenas 44% dos domicílios têm acesso à rede de esgoto, deve fazer para convencer seus cidadãos a pagarem por direitos autorais?
Não acho que é questão de "um ou outro", para ser sincero com você. Primeiramente, estamos falando das pessoas que eu represento e eles fazem entretenimento. É ótimo que as pessoas se divirtam e assistam, mas não se trata de necessidade básica para viver. Não é ar puro, água limpa. É entretenimento!
Obviamente, governos e sociedades tem que trabalhar para ter certeza que sua população possui acesso ao básico para sobreviver, mas isso não significa que você deve desconsiderar outras coisas. As sociedades convivem entre si porque se respeitam mutuamente, respeitam o que as pessoas fazem, não roubam uma das outras. Mesmo que você batalhe para colocar comida no prato, é imoral roubar.




--
Lorena Saavedra
Relações Públicas/ Produtora Cultural /
Pesquisadora na área de música - Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade (UFBA).
Consultoria em Projetos Culturais 
Parecerista Ministério da Cultura


(71) 9175 7972/ 3015 1280
http://culturaindoor.blogspot.com
twintter.com/losaavedra
facebook.com.br/loly.rp

CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/1346124700462787

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Resumão da reunião

Ontem foi realizada a primeira reunião aberta do coletivo onde foram debatidos assuntos como: atividades passadas e futuras (eventos), inserção de novos membros e novos núcleos, sustentabilidade (projetos/Cabrito/patrocínio), como trabalhar a musica eletrônica e publicidade.
            Foi debatido também formato de futuros eventos do coletivo, para ser mais exato Noite do Vinil 4 Anos, Balido, Noite Fora-do-eixo, Rock Matinê e a Festa Julhina foi descartada. E ficou marcado o próximo evento para dia 29/07 com a banda Os Relpis (baixe o disco http://coletivope-de-cabra.blogspot.com/2011/04/compactorec-lanca-os-relpis-em-abril.html), evento esse que será Noite Fora-do-Eixo ( a 2ª a ser realiza pelo coletivo). Talvez aconteça em junho show da banda Trepasound (México) junto ou não com as comemorações dos 4 anos da Noite do Vinil. Foi falado em realizar eventos mensais também (Noite Fora-do-eixo. 
           Também foi realiza da a inserção de novos membros e novos núcleos. O coletivo já tinha três núcleos: produção (Xyku), elaboração de projetos (Guilherme) e Jurídico (Taroba). Das pessoas presentes foram inseridas Goretti, Juninho, Catito, Rodrigo, Otavio e Diogo. E Cabelo foi convidado a puxar um núcleo de musica eletrônica e hip hop.
Pós a reunião terminamos com inserção de mais três núcleos: comunicação (Catito, Juninho e Goretti), artes plásticas (Otavio) e letras (Diogo). Rodrigo entrou no núcleo de produção junto com Xyku. A comunicação ficara com o e-mail imprensapedecabra@gmail.com e as novas áreas serão criados e-mails para elas, ex.: poeticapedecabra@gmail.com e artespedecabra@gmail.com.
Foi apresentada a moeda solidara (Cabrito) aos que não conheciam e como ela funciona. Pensamos em maneiras mais viáveis de fazer o trabalho publicitário. Também foi observado os prazos para se realizar estes trabalhos.
            Já sobre a musica eletrônica foi diagnosticado a “falta de respeito” com os artistas por parte da produção e publico. E uma das soluções pensadas foi fazer um evento exclusivo desta musica para que as pessoas possam entender melhor ou colocar os artistas da área entre as bandas com o mesmo tempo de uma banda.
             Também combinamo de realizar reuniões quinzenais. Então teremos a próxima reunião presencial dia 29 de abril de 2011 as 20:30 no Teatro de Arena.

Xyku

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